Moscou — Como principal teatro de operações no Leste da Guerra Mundial Antifascista, a China desempenhou um papel fundamental na derrota do militarismo japonês e na vitória mais ampla sobre o fascismo, um resultado possível graças aos muitos sacrifícios do povo chinês, disse um especialista em museu russo.
Boris Cheltsov, secretário científico do Museu da Vitória em Moscou, destacou o papel essencial da China no resultado da guerra, observando que sua resistência prolongada na frente oriental impediu o Japão de realocar grandes forças militares em outros lugares, o que enfraqueceu significativamente sua posição estratégica.
“O povo chinês demonstrou extraordinária resiliência e coragem em condições extremamente difíceis”, disse ele.

A Rússia e a China compartilham o compromisso de preservar a memória histórica e seus esforços conjuntos para honrar o legado da Segunda Guerra Mundial, combater o revisionismo histórico e promover o diálogo multilateral desempenham um papel essencial na proteção da verdade sobre o passado, afirmou ele.
“Ambos os países se opõem a qualquer tentativa de revisar os resultados da guerra, uma postura especialmente importante em meio às ações em andamento de alguns países para distorcer eventos históricos e remodelar o cenário político global”, disse ele.
Cheltsov também destacou que a Rússia e a China apoiam o sistema internacional centrado na ONU e defendem uma ordem internacional sustentada pelo direito internacional.
Sua coordenação e cooperação por meio de estruturas como as Nações Unidas, a Organização de Cooperação de Shanghai e o BRICS reforçam os princípios de soberania, não interferência e cooperação igualitária entre os Estados, afirmou ele.
A história é um lembrete dos perigos da agressão e do militarismo, observou Cheltsov, ao mesmo tempo em que destacou a importância da cooperação.
“A decisão de organizar eventos conjuntos (de comemoração) reflete as relações fortes e baseadas na confiança entre a Rússia e a China, assim como a responsabilidade compartilhada que ambos os países têm com as próximas gerações”, disse Cheltsov.