Beijing – O Banco Popular da China injetou dinheiro no sistema bancário nesta segunda-feira por meio de recompras reversas e do mecanismo de empréstimos de médio prazo (MLF, em inglês), para manter a liquidez razoável e ampla.
O Banco Popular da China conduziu 89 bilhões de yuans (US$ 12,51 bilhões) de recompras reversas de sete dias a uma taxa de juros de 1,8%.
Ao todo, 955 bilhões de yuans foram colocados no mercado por meio do MLF, que vencerá em um ano a uma taxa de juros de 2,5%, tal como na operação anterior.
Com 779 mil milhões de yuans em empréstimos do MLF a vencerem neste mês, a operação de segunda-feira resultou numa injeção líquida de 216 bilhões de yuans em novos fundos no sistema bancário.
Wen Bin, economista-chefe do Banco Minsheng da China, disse que a medida visa direcionar mais fundos ao setor da economia real para apoiar seu desenvolvimento.
A taxa estável do MLF desafiou as expectativas do mercado de que seria mais baixa e de que haveria um corte no depósito compulsório dos bancos comerciais, e deve atrasar a redução deste último, disse Wen.
Ele observou que a pressão de liquidez no sistema bancário do país permanece moderada, tornando menos urgente o banco central cortar o depósito compulsório.
Existe uma expectativa generalizada de que o banco central ainda tenha margem de manobra política para reduções no depósito compulsório e nas taxas de juro de referência. Wen prevê que o primeiro corte deste ano talvez ocorra em março ou abril.
Ming Ming, economista-chefe da CITIC Securities, disse que a operação de MLF do banco central também indica os esforços para estabilizar a taxa de câmbio do yuan.
Uma operação de recompra reversa é um processo no qual o banco central compra títulos de bancos comerciais por meio de licitação, com um acordo para vendê-los de volta no futuro.
A ferramenta MLF foi introduzida em 2014 para ajudar os bancos comerciais e de política a manterem a liquidez, permitindo a eles tomar empréstimos do banco central usando títulos como garantia.
