Por Wang Shen e Chen Guolong
Yaren – No sudoeste do país insular de Nauru, no Pacífico, um moderno porto marítimo construído por empresas chinesas está se formando.
O projeto de reconstrução do porto de Aiwo, o maior porto de Nauru, foi contratado pela China Harbour Engineering Company Ltd. Iniciado em 2019, o projeto, que inclui a dragagem do porto, além da construção de um novo porto, um sistema de dessalinização e um pátio de contentores, está previsto para ser concluído em 2025.
Com partes do projeto concluídas, uma nova história foi feita em Nauru: agora os petroleiros podem atracar diretamente para descarregar petróleo.
O projeto de cinco anos também trouxe tecnologias de ponta e oportunidades de emprego para o país insular, promovendo a economia local ao expandir sua conectividade com o resto do mundo.
Um homem de 27 anos, que se identificou como Sylvester, é um dos primeiros funcionários locais a trabalhar no projeto do porto de Aiwo. Começando do zero, Sylvester logo dominou técnicas básicas, como agrupar barras de aço. Ele e os trabalhadores chineses também aprenderam seus idiomas uns com os outros.
Ganhando o dobro de quando trabalhava como funcionário doméstico, Sylvester disse à Xinhua que agora consegue cuidar melhor de seus três filhos.
Ao ouvir sobre a decisão de Nauru de cortar “laços diplomáticos” com as autoridades de Taiwan e procurar retomar as relações diplomáticas com a República Popular da China, Sylvester disse que está empolgado, que espera crescer junto com a empresa chinesa e participar de mais projetos.
Zhu Wei, vice-gerente da empreiteira e gerente de construção do projeto, acompanhou o desenvolvimento do porto de Aiwo nos últimos cinco anos.
Descrevendo os riscos e desafios como “além do esperado”, Zhu disse que, além da falta de recursos e do transporte inconveniente, muitas bombas não detonadas lançadas durante a Segunda Guerra Mundial foram encontradas no local da construção.
Conforme o projeto foi aos poucos saindo do papel e virando realidade, Zhu tem orgulho dos esforços nos últimos anos.
“Quero muito ver os projetos em que participei pessoalmente contribuírem mais para o desenvolvimento econômico de Nauru”, disse Zhu à Xinhua.
Além do projeto de Aiwo, a empresa chinesa também participa do desenvolvimento de um sistema local de geração e armazenamento de energia fotovoltaica.
De acordo com o gerente de produção da empresa, Liu Ye, Nauru atualmente depende principalmente de geradores a diesel para ter eletricidade. Esse projeto em andamento irá melhorar o fornecimento de eletricidade à população local e reduzirá significativamente o custo da produção de energia.
“Espero que mais tecnologias e padrões chineses possam ser introduzidos em outros países com esses projetos tangíveis”, disse Zhu.
