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Filmes brasileiros atraem atenção do público chinês no 14º Festival Internacional de Cinema de Beijing

Por correspondente da Xinhua, Wang Yuyuan, Zhu Yilin e Wei Mengjia

Beijing – “A América Latina é uma região que ainda não conheci, mas fiquei sabendo o filme ‘Retratos Fantasmas’ por meio de amigos meus, que recomendam muito este documentário.” Na cerimônia de abertura da Semana do Cinema Brasileiro, que se inaugurou no dia 20 de abril, Dai Jiakun, uma cinéfila, não conseguiu esconder a sua curiosidade sobre os filmes brasileiros.

A atividade faz parte do 14º Festival Internacional de Cinema de Beijing (FICB), que se inaugurou em Beijing em 18 de abril e durará até o dia 26 deste mês. Nesta sessão, o Brasil é convidado de honra do evento, já que este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil.

Durante a Semana do Cinema Brasileiro, quatro filmes brasileiros são exibidos em cinemas em Beijing, a saber, “Retratos Fantasmas”, “Marte Um”, “Uma História de Amor e Fúria” e “Que Horas Ela Volta?”. Além disso, o famoso diretor brasileiro Carlos Saldanha, que dirigiu a série de filmes de animação “A Era do Gelo”, atua como membro do júri internacional do “Prêmio Tiantan” do FICB deste ano.

Ele ficou impressionado com o entusiasmo do público chinês: “Estou muito feliz por ver meu filme sendo lançado na China. Testemunhei o enorme potencial de consumo de filmes na China.”

Nos últimos anos, sob a promoção vigorosa dos governos bilaterais, a cooperação cinematográfica e televisiva entre a China e o Brasil tornou-se mais profunda e prática. Em setembro de 2017, a China e o Brasil assinaram seu primeiro acordo de coprodução cinematográfica; em abril de 2023, durante a visita do presidente Lula à China, foi assinado um memorando sobre coprodução televisiva entre os governos brasileiro e chinês. De acordo com o contrato, os filmes coproduzidos por empresas brasileiras e chinesas serão tratados como nacionais em ambos os países, beneficiando-se dos mecanismos de financiamento público existentes em ambos os países, e serão considerados produtos nacionais em seus respectivos mercados.

“A gente vai fazer uma série de visitas com o governo chinês nestes dias, não só para aprofundar essas relações, mas também para conhecer a forma de produzir televisão de maneira geral da China,” disse Daniela Fernandes, diretora da Preservação e Difusão Audiovisual do Ministério da Cultura do Brasil, na entrevista executiva à Xinhua. Ela acrescentou que a magnitude do mercado chinês é enorme e tem expectativa de buscar mais espaços de cooperação bilateral.

No dia 19, no Fórum de Intercâmbio de Cineastas Chineses e Estrangeiros, representantes do Festival Internacional de Cinema de Beijing e do Festival do Rio assinaram um memorando de cooperação, chegando a um acordo sobre o estabelecimento de um mecanismo para incentivar visitas mútuas, realizar conversas e intercâmbios e pesquisas no local, e estabelecer um mecanismo para recomendar os filmes um do outro, de modo a fortalecer a cooperação e os intercâmbios no campo do cinema entre os dois países.

“Eu acho que os filmes brasileiros que estão sendo apresentados no festival dão uma noção muito clara do escopo, da amplitude do cinema brasileira,” disse à Xinhua Ilda Santiago, diretora executiva do Festival do Rio. “Eu espero que esses filmes falem exatamente aos valores e talvez aos desafios que são compartilhados pela toda a humanidade.”

“Este ano marca o 50º aniversário das relações diplomáticas entre Brasil e China. É o momento muito importante para a história de ambos os países.” indicou o vice-ministro da Cultura do Brasil, Cassius Rosa, “Nós temos a missão de aprofundar cada vez mais essa relação entre dois povos. Temos este primeiro passo com o audiovisual que não se encerra aqui.” 

Agência Xinhua

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