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Agência Moody’s mantém nota de crédito do Brasil, mas muda perspectiva para “positiva”

Rio de Janeiro – A agência de classificação de riscos Moody’s anunciou na quarta-feira que manteve a nota de crédito do Brasil no nível Ba2, mas mudou a perspectiva da avaliação de “estável” para “positiva” na primeira alteração que realiza na avaliação do país desde 2018, somando-se aos anúncios recentes das outras grandes agências Standard & Poor’s e Fitch, que elevaram a qualificação do Brasil.

Ao indicar um viés positivo na análise, a Moody’s sinaliza que pode elevar a nota de crédito no futuro. Representantes da agência se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no último dia 23, mas não houve anúncios após o encontro

“A Moody’s avalia que as perspectivas para o crescimento real do produto interno bruto (PIB) do Brasil são mais robustas do que nos anos pré-pandêmicos, como consequência da implementação de reformas estruturais em vários governos, bem como pela presença de barreiras institucionais que reduzem a incerteza sobre a direção futura das políticas públicas”, diz a nota da agência

Segundo a agência, a decisão obedece à avaliação de que “um crescimento mais forte combinado com um progresso contínuo, embora gradual até a consolidação fiscal pode permitir que a carga da dívida do Brasil se estabilize”, mas chama atenção sobre os fatores que poderiam ameaçar a continuidade do movimento de consolidação fiscal.

No texto, os técnicos da Moody’s explicam que a confirmação da qualificação do Brasil em “Ba2” se baseia na “ainda relativamente fraca” força fiscal do país, dado o elevado nível de endividamento e sua fraca capacidade de pagamento da dívida, que permanece sensível a choques econômicos ou financeiros”.

A Moody’s projeta um crescimento médio anual de cerca de 2% para o país em 2024 e 2025, atribuindo as estimativas às reformas estruturais aplicadas durante os sucessivos governos, como a autonomia do Banco Central, a nova legislação para as empresas estatais, a digitalização financeira, a reforma trabalhista, a reforma fiscal e o novo marco fiscal (que substituiu o teto de gastos).

Agência Xinhua

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