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Banco Central do Brasil diminui ritmo de cortes e reduz taxa básica de juros de 10,75% para 10,50% ao ano

Rio de Janeiro – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu, nesta quarta-feira, reduzir a taxa básica de juros Selic em 0,25 ponto percentual, de 10,75% para 10,50% ao ano, reduzindo o ritmo da flexibilização monetária.

Desde que iniciou o ciclo de cortes em agosto de 2023, o Banco Central vinha reduzindo a taxa em meio ponto percentual em todas as reuniões. A decisão desta quarta-feira representa o sétimo corte consecutivo da Selic e, apesar de ser menor que os últimos, levou a taxa de juros a seu nível mais baixo desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,25% ao ano.

A decisão não foi unânime: cinco membros votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual, enquanto quatro defenderam uma redução de 0,50 ponto percentual.

No início do ciclo de cortes, a Selic estava em 13,75% ao ano. Desde então, o comitê vinha reduzindo a Selic no mesmo ritmo: 0,5 ponto percentual a cada encontro, mas com a decisão desta quarta, de cortar a Selic para 10,50%, o BC alterou esse ritmo, embora tivesse indicado em março que faria uma nova redução de 0,50 ponto percentual em maio, desde que o conselho do BC confirmasse um “cenário previsto”.

O cote menor não surpreendeu o mercado financeiro. Com a proposta de mudança da meta fiscal e demora para redução dos juros nos EUA, a maior parte dos economistas já tinha passado a apostar que o Copom fizesse esse ajuste, com corte da taxa de juros para 0,25 ponto percentual.

No comunicado divulgado após a reunião, o Copom afirmou que é necessário “serenidade e moderação na condução da política monetária”. Além disso, afirmou que “ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

O Copom citou que a lentidão no processo desinflacionário, expectativas de inflação desancoradas e um cenário global desafiador exigem essa cautela.

Os integrantes avaliam que a “política monetária deve se manter contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.

A próxima reunião do Copom está prevista para os dias 18 e 19 de junho.

Agência Xinhua

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