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Vacinas chinesas ajudam a fortalecer “elo mais fraco” na luta mundial contra COVID-19

Washington, 10 mar (Xinhua) — O compromisso e a ação da China para fazer de suas vacinas contra a COVID-19 um bem público mundial ajudará a fortalecer “o elo mais fraco” na batalha do mundo contra a pandemia, disse o renomado especialista norte-americano Sourabh Gupta.

“Acredito que a China o está fazendo da maneira correta”, disse à Xinhua Sourabh Gupta, pesquisador sênior do Instituto de Estudos China-América, com sede em Washington, quanto ao envio de vacinas por parte de Beijing a países com extrema necessidade.

Ele explicou que “se o elo mais fraco estiver em algum país longínquo onde a COVID-19 ainda prevalece, todos teremos mutações da COVID-19 que derrotarão as vacinas que já existem.”

Enquanto os pesquisadores de vacinas estão trabalhando dia e noite para oferecer uma proteção mais forte e mais ampla contra a COVID-19, os dados preliminares de um estudo no Brasil indicam que um tipo de vacina desenvolvida pela Sinovac Biotech da China é eficaz contra a variante P1 detectada pela primeira vez no Brasil, indicou a Reuters na quarta-feira o governador do Estado de São Paulo, João Doria.

Gupta expressou a esperança de que a China continue avançando com a distribuição de vacinas “o mais amplamente possível no mundo em desenvolvimento” sob o marco COVAX da Organização Mundial da Saúde.

Como firme defensor da distribuição equitativa de vacinas, a China se uniu ao COVAX, em virtude do qual Beijing se comprometeu a proporcionar 10 milhões de doses iniciais de vacinas domésticas para uso de emergência em países em desenvolvimento.

A China também doou vacinas às forças de manutenção de paz de diversos países e está disposta para trabalhar com o Comitê Olímpico Internacional para as proporcionar aos atletas olímpicos, disse no domingo em uma entrevista coletiva o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.

Até agora, a China doou ou está doando vacinas contra a COVID-19 a 69 países em desenvolvimento que as necessitam com urgência, e as está exportando a 43 países, comunicou Wang, dizendo que a China vem trabalhando de maneira realmente sincera para melhorar a disponibilidade e a acessibilidade das vacinas nos países em desenvolvimento.

“No final, a verdade será entendida pelas pessoas que receberam a vacina”, disse Gupta.

O especialista também criticou o que alguns políticos e meios de comunicação ocidentais chamaram “diplomacia das vacinas” por parte da China, dizendo ser uma pena que até as boas ações foram tachadas de ruins.

Muitos países ricos, acrescentou Gupta, afirmaram praticar o multilateralismo na distribuição de vacinas, mas são “muito unilaterais” e se apegam a suas próprias prioridades nacionais, mantendo “estoques excessivos, sem pensar em outras pessoas mais pobres.”

“Não importa se os meios de comunicação ocidentais estão tentando criar uma narrativa alternativa sobre isso, trata-se de pessoas reais e seus problemas de saúde”, resumiu.

A maioria dos países em desenvolvimento não puderam administrar uma só dose da vacina contra a COVID-19, enquanto as nações ricas vacinaram seus cidadãos a uma taxa de uma pessoa por segundo durante o último mês, sublinhou na terça-feira a Aliança de Vacinas do Povo, uma coalizão global de organizações e ativistas.

“As vacinas são uma arma poderosa contra o vírus e trazem a esperança de salvar vidas. Deveriam servir o mundo inteiro e beneficiar toda a humanidade”, disse Wang no domingo aos jornalistas.

O funcionário chinês assinalou que “esperamos que todos os países capazes façam o que puderem para proporcionar vacinas aos países que necessitam, especialmente os países em desenvolvimento, para que as pessoas de todo o mundo tenham acesso a vacinas acessíveis, vacinas que realmente beneficiem as pessoas.”

Uma trabalhadora médica pega uma dose da CoronaVac, vacina contra a COVID-19 da China, no primeiro dia de vacinação para as pessoas de mais de 90 anos de idade, em São Paulo, Brasil, em 5 de fevereiro de 2021. (Rahel Patrasso/Xinhua)

Um trabalhador médico recebe uma dose de vacina contra a COVID-19 em um hospital nos subúrbios de Islambad, capital do Paquistão, em 4 de fevereiro de 2021. (Xinhua/Ahmad Kamal)

Agência Xinhua

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