Luanda – O ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, apelou nesta segunda-feira, durante uma sessão extraordinária da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, em inglês), para que se coordene esforços para prevenir e controlar a propagação da cólera.
António, em seu discurso virtual, mencionou que o recente surto em vários países membros da SADC, desde o início da estação chuvosa, representa um obstáculo à agenda de integração e desenvolvimento.
“Os países afetados por esta doença tiveram que realocar tanto os recursos financeiros quanto os humanos, essenciais para o desenvolvimento, para o setor da saúde, deixando assim outros setores cruciais para o desenvolvimento com recursos limitados”, explicou.
Ele disse que, no contexto já interligado da SADC, a circulação de pessoas, bens e serviços através das fronteiras cria um ambiente propício para a fácil propagação da cólera, afetando não apenas um país, mas toda a África Austral.
“Nossa região precisa priorizar investimentos em infraestrutura, prevenção e promoção da saúde para que possamos criar comunidades mais saudáveis, desbloquear o potencial humano e realocar recursos para o desenvolvimento sustentável”, afirmou.
De acordo com a mídia local Agência Angola Press, até o último domingo, cinco países da SADC – Botsuana, África do Sul, Moçambique, Zâmbia e República Democrática do Congo – registraram casos de cólera.
Embora Angola atualmente não tenha confirmado oficialmente casos de cólera, as autoridades de saúde elevaram o nível de alerta para o máximo, devido ao grande número de casos relatados nos países vizinhos, Zâmbia e República Democrática do Congo.
A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral é uma organização intergovernamental que compreende 16 países da África Austral. Angola assumiu a presidência rotativa em agosto do ano passado para o mandato 2023-2024.
